quarta-feira, 11 de março de 2020

Lisboa em tempo de coronavírus

Para comparar o que o tempo fez às cidades, vilas e aldeias, fazemo-lo com fotos antigas desses locais, juntamos as fotos atuais e verifica-se o antes e o depois. Diferenças abismais em alguns casos e, como sempre, há quem diga que antigamente é que era bom, mesmo que a vila ou aldeia fosse pouco ou nada eletrificada, que as casas não tivessem condições de salubridade, as casas de banho eram inexistentes, mas o rio passava límpido, as trutas saltavam, as brincadeiras eram o mote diário da garotada, ou seja, valem-se dos tempos de infância e não do tempo que o casario não tinha grande condições de habitabilidade, mas eram felizes mesmo assim.

Lisboa de hoje nada tem a ver com o passado? Tem claro! É só irmos para os bairros típicos e parece que entramos noutro 'mundo'. Aquelas sete colinas ainda estão dentro do que era Lisboa antiga. Melhoria aqui e ali, mas no essencial estamos no tempo da mourama, da calçada antiga, do casario cheirando a mofo, de ruelas esconsas, das matronas à janela, de roupa estendida nos beirais.

Hoje o Terreiro do Paço estava irreconhecível. Não que tivessem mudado a estátua equestre de D. José I ou que lhe tivessem pintado o cavalo, mas sim porque a Praça do Comércio, comparado com outras alturas, estava 'deserta'. Caso pontual ou o coronavírus a fazer das suas.

A ver vamos!

Sem comentários:

Enviar um comentário